domingo, 17 de fevereiro de 2008

Darwin

No dia 16 de fevereiro fiz minha 1ª visita ao Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, à pedido do meu professor de Tópicos Especiais I para ver uma exposição sobre Darwin, uns dos pais da Biologia contemporânea.
Lá podemos ver fotos e curiosidades sobre a vida de Charles Darwin.

Charles Robert Darwin nasceu no dia 12 de fevereiro de 1809 na cidade de Shrewsbury na Inglaterra.Ele foi o quinto dos seis filhos do médico Robert Darwin e sua esposa Susannah Darwin. Seu avô paterno foi Erasmus Darwin e seu avô materno, o famoso ceramista Josiah Wedgwood, ambos pertencentes à proeminente e abastada família Darwin-Wedgwood e à elite intelectual da época. Sua mãe morreu quando ele tinha apenas oito anos. No ano seguinte, em 1818, Darwin foi enviado para a escola Shrewsbury. Ali, ele só se interessava em colecionar minerais, insetos e ovos de pássaros, caça, cães e ratos.

Darwin foi estudar medicina na Universidade de Edimburgo. Contudo, sua aversão à brutalidade da cirurgia da época levou-o a negligenciar os seus estudos médicos. Em 1827, seu pai, decepcionado com a falta de interesse de Darwin pela medicina, matriculou-o em um curso de Bacharelado em Artes na Universidade de Cambridge para que ele se tornasse um clérigo. Em Cambridge, entretanto, Darwin preferia cavalgar e atirar a ficar estudando. Ele também passava muito do seu tempo coletando besouros com o seu primo William Darwin Fox. Este o apresentou ao reverendo John Stevens Henslow, professor de botânica e especialista em besouros que, mais tarde, viria a se tornar o seu tutor. Darwin ingressou no curso de história natural de Henslow e se tornou um de seus alunos favoritos. Durante esta época, Darwin se interessou pelas idéias de William Paley, em particular, a noção de projeto divino na natureza. Em suas provas finais em janeiro de 1831, ele se saiu muito bem em teologia e, mesmo tendo feito apenas o suficiente para passar no estudo de clássicos, matemática e física, foi o décimo colocado entre 178 aprovados.

Seguindo os conselhos e exemplo de Henslow, Darwin não se apressou em ser ordenado. Inspirado pela narrativa de Alexander von Humboldt, ele planejou se juntar a alguns colegas e visitar a Ilha da Madeira para estudar história natural dos trópicos. Como preparação, Darwin ingressou no curso de Geologia do reverendo Adam Sedgwick, um forte proponente da teoria de projeto divino, e viajou com ele como um assistente no mapeamento estratigráfico no País de Gales. Contudo, seus planos de viagem à Ilha da Madeira foram subitamente desfeitos ao receber uma carta que lhe informava a morte de um dos seus prováveis colegas de viagem. Outra carta, entretanto, recebida ao retornar para casa, o colocaria novamente em viagem. Henslow havia recomendado que Darwin fosse o acompanhante de Robert FitzRoy, capitão do barco inglês HMS Beagle, em uma expedição de dois anos que deveria mapear a costa da América do Sul. Isto lhe daria a oportunidade de desenvolver a sua carreira como naturalista. Esta se tornaria uma expedição de quase cinco anos que teria profundo impacto em muitas áreas da Ciência.

A viagem do Beagle

Objetivos da Viagem

O principal propósito da expedição foi o levantamento cartográfico das costas da parte sulista da América do Sul como uma continuação do trabalho de levantamentos anteriores, produzindo gráficos para guerras navais e comercio, desenhos de colinas da perspectiva do mar, com medidas de suas alturas. Em particular, a longitude do Rio de Janeiro que havia formado pontos de discordância entre levantamentos anteriores devido a discrepâncias nas medidas. Uma longitude exata deveria ser encontrada, usando cronômetros calibrados que deveriam ser corroborados por repetitivas observações astronômicas. Registros contínuos das marés e das condições meteorológicas também foram exigidos.

Em segundo plano estava o levantamento próximo às enseadas nas Ilhas Malvinas e, se estação permitisse, nas Ilhas Galápagos. Então o Beagle procederia para o Taiti e para Port Jackson Australia, pontos conhecidos para a verificação dos cronômetros. Uma exigência adicional foi realizar um levatamento geológico de um atol de coral circular no Oceano Pacífico, incluindo investigações do seu perfil e dos fluxos relativos a maré.

Levantamento a América do Sul

Depois de passar por várias outras ilhas eles chegaram à Bahia (Salvador), Brasil em 29 de fevereiro, onde Darwin ficou maravilhado com a floresta tropical. A visão da escravidão foi considerada ofensiva por Darwin. Ao retrucar isso a FitzRoy quando ele disse que a mesma era justificável, fez com que FitzRoy perdesse a calma e o baniu da expedição. Os oficiais do barco apelidaram o capitão de “hot coffe” (café quente) devido ao seu temperamento na situação, e após algumas horas ele pediu desculpas a Darwin e pediu para que ele permanecesse na expedição.

O navio foi descendo à costa até Rio de Janeiro. Como era de praxe na época, o cirurgião do barco tomava o lugar de naturalista. Robert McCormick, o cirurgião do Beagle, sentia (e com razão) que ele estava sendo substituído por Darwin, já que ele e não o doutor recebia convites de dignitários, deixando-o suficientemente frustrando e pensando em abandonar o barco ali mesmo (e abandonou). Darwin, agora assumindo um estado quase oficial dos deveres de naturalista do barco e ganhando um apelido de Philos, ainda fazia coleções pessoais de espécimes, que mandava para Henslow em Cambridge que esperava seu retorno, ao invés de fazer coleções para a expedição. Entretanto, outros a bordo, incluindo FitzRoy e o novo cirurgião fizeram coleções para a Coroa, as quais o Almirantado colocou no Museu Britânico.

Beagle continuava com o seu trabalho de levantamento, navegando junto a costa, Darwin passou muito de seu tempo longe do navio. A certos intervalos, o Beagle retornava a certos portos em que a correspondência poderia ser recebida e onde as anotações, diários de Darwin e suas coleções eram mandadas de volta para Inglaterra. Darwin fez várias visitas ao continente, com companheiros de viagem das regiões que visitava. Na Patagônia ele percorreu o território com gaúchos e os viu usarem boleadeiras para derrubarem emas, e até comeu tatu assado. Na praia de Punta Alta em setembro de 1832 ele encontrou ossos fossilizados de mamíferos gigantes extintos. Um que ele achou que poderia vir a ser de um rinoceronte, veio a ser um Megatherium, uma preguiça gigante, e o outro foi o de um tatu gigantes, o Glyptodon. Em novembro, na cidade de Montevidéu a correspondência que chegava da Inglaterra incluía uma cópia do segundo volume dos Princípios da Geologia de Lyell, que apresentava uma variação de Criacionismo relatando a idéia de mudança gradual, onde espécies eram criadas em “centros de Criação” e iam a extinção a medida que o ambiente mudava, para sua desvantage

Eles chegaram à Terra do Fogo em 1 de dezembro de 1832 e Darwin ficou perplexo com o estado “crú” de selvageria dos nativos, em grande contraste com o comportamento civilizado dos três fueguianos que eles estavam retornando como missionários (que haviam recebido os nomes cristãos York Minster, Fuegia Basket e Jemmy Button)

Na ilha da “Terra de Buttons” em 14 de janeiro de 1833 Darwin estudou a relação das espécies e dos habitates e encontrou fósseis antigos como os que ele encontrou em Gales. Fitzroy trouxe uma escuna para ajudar no levantamento. Eles retornaram a Patagônia, onde a escuna foi provida com uma superfície inferior de cobre e rebatizado de Adventure (Aventura). Darwin foi assistido em preservar espécimes, por um jovem marinheiro chamado Syms Covington, que o ajudou a montar coleções tão boas, que com o aval de Fitzroy tomou-o para si em Covington como servo de tempo integral por £30 ao ano.

Eles retornaram as Ilhas Malvinas em 16 de março logo após uma revolta de gaúchos e nativos ter massacrado os britânicos nacionais, e ajudaram a acabar com a revolta. Darwin recebeu notícias de Henslow de que seus espécimes haviam chegado a Cambridge, com os fósseis da América do Sul sendo extremamente valorizados e colocados a amostra para a nata científica britânica, fazendo assim a reputação de Darwin. O Beagle partiu então para o sul da Patagônia, e em 19 de abril uma expedição incluindo Fitzroy e Darwin foram com barcos o mais longe possível rio acima, no Rio Santa Cruz na província de Santa Cruz, Argentina. Do porto de Santa Cruz, com todos os envolvidos tomando turnos em times arrastando os barcos corrente acima. O rio é cortado por uma seria de elevações e platôs formando vastas planícies cobertas de conchas e finas telhas de madeira, e Darwin conversou com Fitzroy sobre sua interpretação do ambiente, e que esses “terraços” haviam sido praias que haviam gradualmente elevadas de acordo com a teoria de Lyell. Eles se aproximaram dos Andes, mas tiveram que retornar.

Costa oeste da América do Sul

O Beagle e o Adventure agora faziam o levantamento no Estreito de Magalhães antes de navegarem para o norte passando para a costa oeste, chegando a ilha de Chiloé no Arquipélago de los Chonos em 28 de junho de 1834, um lugar úmido e abundante em florestas. Eles então passaram os próximos seis meses coletando dados da costa e da parte sul da ilha. Em Valparaíso em 23 de julho de 1834, Darwin comprou cavalos e foi até ao Andes vulcânicos, mas quando retornava, adoeceu, e passou um mês de cama.


De volta a Valparaiso, Darwin participou de outra excursão para os Andes em 21 de março alcançando a divisão continental a 4000m de altura: até ali ele encontrou fósseis de conchas do mar nas rochas. Depois de ir a Mendoza quando estavam retornando por uma passagem diferente eles encontraram uma floresta petrificada de árvores fossilizadas, cristalizadas em uma escarpa de arenito. Darwin percebeu que essas árvores estavam na praia atlântica quando a terra afundou, enterrando-as na areia que foi então comprimida em rocha, e foi então gradualmente elevada junto com o continente a 2100m nas montanhas.

lhas Galápagos

Uma semana fora de Lima, chegaram as Ilhas Galápagos em 15 de setembro de 1835. Na Ilha de San Cristóbal Darwin encontrou lava vulcânica negra rochosa queimando sobre o Sol quente, e crateras vulcânicas que o faziaM lembrar das casas de fundições de ferro da industrial Staffordshire. Ele notou um tipo de arbusto fino espalhado pela ilha sendo composto de 10 espécies, e encontrou poucos insetos. A impressionante tartaruga gigante para seu gosto pessoal parecia antedeluviana, embora ele tenha pensado naquela época que elas haviam sido trazidos para a ilha por piratas, como fonte de alimento.

Na colônia prisão na Ilha de Santa Maria foi dito a ele que as tartarugas apresentavam pequenas diferenças de ilha para ilha, mas aparentemente isso não foi óbvio nas ilhas que Darwin visitou tanto é que ele nem se preocupou em coletar suas cascas. As iguanas marinhas eram tremendamente feias, e devido a um erro na colocação das etiquetas no museu ele achou que essas criaturas únicas eram uma espécies Sul Americana. Os pássaros, notavelmente não tinham medo da presença humana,e eram tipos diferentes, únicos, e que lembravam as espécies da America do Sul. Ele notou que os pássaros canoros eram diferentes de ilha em ilha e tomou cuidado etiquetando espécimes, mas não se preocupou em anotar onde outras espécies, como os tentilhões haviam sido encontradas. Felizmente, outros realizaram um processo mais metódico enquanto etiquetavam suas coleções. Eles saíram da ilha em 20 de outubro.

Taiti até Austrália

Ele partiram para outros destinos, jantando uma tartarugas de Galápagos, e em 9 de novembro avistaram as Ilhas da Sociedade que a primeira vista pareceram desinteressantes para Darwin, somente praias brancas e palmeiras. No Taiti ele logo se interessou pela vegetação luxuriante e pelos agradáveis e inteligentes nativos que mostraram uma visão amigável do cristianismo, refutando alegações que Darwin teria lido (que as missões estavam destruindo as culturas indígenas locais).

Em 19 de dezembro eles chegaram na Nova Zelândia onde Darwin formou opiniões ruins sobre o lugar e seus habitantes. Ele viu os tatuados Maori como selvagens como caráter de ordem bem menor do que os dos taitianos, e notou que suas casas eram “imundas sujas e ofensivas”. Ele viu os missionários trazendo aperfeiçoamento em suas personalidades e também com novas praticas agrícolas com um exemplo de “fazenda inglesa” com mão-de-obra nativa. Richard Matthews foi deixado aqui com seu irmão mais velho Joseph Matthews que eram um missionário em Kaitaia. Darwin e Fitzroy concordaram que os missionários haviam sido mau interpretados nos panfletos, especialmente um escrito por Augustus Earle o qual ele havia deixado no navio. Darwin também notou muitos residentes ingleses, a maioria deles de caráter deplorável, incluindo fugitivos condenados da Nova Gales do Sul. Em 30 de dezembro, Darwin estava feliz em deixar a Nova Zelândia.

O primeiro registo visual da Austrália em 12 de janeiro de 1836 o lembrou muita da Patagônia, mas o continente do país se mostrou melhor e Darwin logo ficou cheio de admiração com a movimentada cidade de Sydney. Em uma viagem ao interior do país ele deparou-se com um grupo de aborígenes que lhe deram uma demonstração de lançamento de lanças por um shilling, contradizendo a idéia comum de que eles eram “criaturas degredadas”, e Darwin tristemente refletiu em com seus números estavam diminuindo rapidamente.

Ilhas Cocos

Na chegada as Ilhas Coco no Oceano Indico em 1 de abril, Darwin encontrou uma economia baseada no coco servindo tanto os habitantes quanto a vida selvagem. Eles investigaram as lagoas de coral.

O Retorno

Logo após seu retorno, Darwin rapidamente pegou uma carruagem para casa, chegando tarde da noite de 4 de outubro de 1836 ao Mount House, a casa da família em Shrewsbury, Shropshire. Darwin teria ido direto para cama e saudado sua família durante o café da manhã. Depois de passar dez dias “matando a saudade”, ele foi para Cambridge, levando em conta o conselho de Henslow em organizar, descrever e catalogar suas coleções.

O pai de Darwin o patrocinou, de tal forma que o permitiu colocar de lado outras carreiras, e como ele se tornou uma celebridade científica com uma reputação estabelecida por seus fósseis e da publicação de Henslow de suas cartas sobre a geologia da América do Sul, a também realizar uma turnê pelas instituições de Londres. Já nessa época ele fazia parte do “establishment científico”, colaborando com especialistas naturalistas, classificando seus espécimes, e trabalhando em suas idéias que ele vinha elaborando durante sua viagem. Charles Lyell o deu suporte entusiástico. Em dezembro de 1836, Darwin apresentou uma palestra para Sociedade Filosófica de Cambridge. Ele escreveu um ensaio provando que o Chile, e o continente sul americano, estavam lentamente elevando-se, o qual ele leu para a Sociedade de Geologia de Londres em 4 de janeiro de 1837.

Syms Conington ficou com Darwin trabalhando como seu auxiliar até o casamento de Darwin em 1837, quando ele partiu em bons termos e migrou para Austrália.

Carreira como cientista e concepção da teoria

Enquanto Darwin ainda estava em viagem, Henslow cuidadosamente cultivou a reputação de seu antigo pupilo fornecendo a vários naturalistas os espécimes fósseis e cópias impressas das descrições geológicas que Darwin fazia. Quando o Beagle retornou em 2 de outubro de 1836, Darwin era uma celebridade no meio científico. Ele visitou a sua casa em Shrewsbury e descobriu que seu pai havia feito vários investimentos de forma que Darwin pudesse ter uma vida tranqüila. Mais que isto, ele poderia ter uma carreira científica autofinanciada. Darwin foi então a Cambridge e convenceu Henslow a fazer descrições botânicas das plantas que ele havia coletado. Depois se dirigiu a Londres onde procurou os melhores naturalistas para descrever as suas outras coleções de forma a poder publicá-las posteriormente. Um entusiasmado Charles Lyell encontrou Darwin em 29 de outubro e o apresentou ao jovem e promissor anatomista Richard Owen. Depois de trabalhar na coleção de ossos fossilizados de Darwin no Royal College of Surgeons, Owen surpreendeu a todos ao revelar que alguns dos ossos eram de tatus e preguiças gigantes extintas. Isto melhorou a reputação de Darwin. Com a ajuda entusiasmada de Lyell, Darwin apresentou seu primeiro artigo na Geological Society de Londres em 4 de janeiro de 1837, afirmando que a massa terrestre da América do Sul estava se erguendo lentamente. No mesmo dia, Darwin apresentou seus espécimes de mamíferos e aves à Zoological Society. Os mamíferos ficaram aos cuidados de George R. Waterhouse. Embora, em princípio, os pássaros parecessem merecer menos atenção, o ornitólogo John Gould revelou que o que Darwin pensara serem corruíras (wrens), melros e tentilhões levemente modificados de Galápagos eram de fato tentilhões, mas cada um de uma espécie distinta. Outros no Beagle, incluindo o capitão FitzRoy, também tinham coletado estes pássaros mas haviam sido mais cuidadosos com suas anotações, o que permitiu a Darwin determinar de que ilha cada espécie era originária.

Em Londres, Darwin ficava com o seu irmão e livre pensador Erasmus e, em jantares, eles encontravam-se com outros pensadores que imaginavam um Deus guiando a sua criação unicamente por meio de leis naturais. Entre eles, estava a escritora Harriet Martineau, cujas histórias promoviam a reforma das leis de proteção social de acordo com as idéias de Malthus. Nos meios científicos, idéias como a transformação de uma espécie em outra (transmutação) eram controversamente associadas com radicalismo político. Por isto, Darwin preferia a respeitabilidade de seus amigos mesmo quando não concordava plenamente com as idéias deles, tais como a crença de que a história natural devesse justificar religiões ou ordem social.

Em 17 de fevereiro de 1837, Lyell aproveitou o seu discurso presidencial na Geological Society para apresentar as descobertas de Owen em relação aos fósseis de Darwin, enfatizando as implicações do fato de que espécies extintas encontradas em uma região fossem relacionadas a outras que viviam atualmente na mesma região. Neste mesmo encontro, Darwin foi eleito para o conselho da Geological Society. Ele já tinha sido convidado por FitzRoy para contribuir com o seu diário e notas pessoais para a seção de história natural do livro que o capitão estava escrevendo sobre a viagem do Beagle. Darwin também estava trabalhando em um livro sobre a geologia da América do Sul. Ao mesmo tempo, ele especulava sobre a transmutação de espécies no caderno de anotações que ele tinha iniciado no Beagle. Outro projeto que ele iniciou na mesma época foi a organização dos relatórios dos vários especialistas que haviam trabalhado em suas coleções em um livro de múltiplos volumes chamado "Zoologia da viagem do H.M.S. Beagle" (Zoology of the Voyage of H.M.S. Beagle). Darwin concluiu o seu diário em 20 de junho e, em julho, iniciou seu livro secreto sobre transmutação, onde desenvolveu a hipótese de que, apesar de cada ilha de Galápagos ter sua própria espécie de tartaruga, todas elas eram originárias de uma única espécie que tinha se adaptado à vida nas diferentes ilhas de diferentes modos.

Sob a pressão de concluir Zoologia e corrigir as revisões de seu diário, a saúde de Darwin deteriorou. Em 20 de setembro de 1837, ele sofreu palpitações do coração e foi passar um mês no campo para se recuperar. Ele visitou Maer Hall onde sua tia inválida estava sob os cuidados de sua irmã Emma Wedgwood e entreteve seus parentes com as histórias de suas viagens. Após o seu retorno do campo, ele evitava tomar parte de eventos oficiais que poderiam lhe tomar um tempo precioso. Contudo, por volta de março de 1838, William Whewell o recrutou como secretário da Geological Society. Mas logo a sua doença o forçou a novamente deixar seu trabalho e ele seguiu para Escócia para "fazer geologia". Ali, visitou Glen Roy para ver um fenômeno conhecido como "estradas" (roads) que ele (incorretamente) identificou como praias que se elevaram.

Completamente recuperado, ele retornou a Shrewsbury. Raciocinando cientificamente sobre a sua carreira e ambições, ele fez uma lista com as colunas "Casar" e "Não casar". Entradas na coluna pró-casamento incluíam "companhia constante e um amigo na velhice ... melhor que um cão de qualquer modo," enquanto listado entre as desvantagens estavam "menos dinheiro para livros" e "terrível perda de tempo". Os prós venceram. Ele discutiu a idéia de casar com o pai e então foi visitar sua prima Emma em 29 de julho de 1838. Ele não propôs casamento mas, contrariando os conselhos do pai, contou-lhe sobre as suas idéias de transmutação de espécies. Enquanto os seus pensamentos e trabalho continuavam em Londres, durante o outono, sua saúde voltou a definhar e ele passou a sofrer repetidas crises. Em 11 de novembro ele pediu Emma em casamento e, uma vez mais, lhe falou de suas idéias. Ela aceitou mas permaneceria sempre preocupada que os lapsos de fé de Darwin acabariam por pôr em risco a possibilidade de, como ela acreditava, se encontrarem após a morte.

Darwin considerou o raciocínio de Malthus de que a população humana aumenta mais rapidamente que a produção de alimentos, levando-a a uma competição e tornando qualquer esforço de caridade inútil. Ele viu naquela idéia uma forma de explicar (a) seus achados sobre espécies extintas que se relacionavam mais com outras não extintas encontradas na mesma região, (b) a similaridade entre espécies próximas umas das outras, (c) suas dúvidas derivadas da criação de animais e (d) sua incerteza quanto a existência de uma "lei de harmonia" na natureza. No fim de novembro de 1838, ele começou a comparar o processo de seleção de características feito por criadores de animais com uma natureza Malthusiana selecionando variantes aleatoriamente de forma que "toda a parte de uma nova característica adquirida é colocada em prática e aperfeiçoada", e pensou nisto como "a mais bela parte da minha teoria" de como novas espécies se originam. Ele estava procurando uma casa e acabou por encontrar "Macaw Cottage" na rua Gower, Londres, e então mudou seu "museu" para lá em dezembro. Ele já mostrava sinais de cansaço e Emma lhe escreveu sugerindo que ele descansasse, comentando quase profeticamente "Não adoeça mais meu querido Charley até que eu esteja aí para cuidar de você". Em 24 de janeiro de 1839, Darwin foi eleito membro da Royal Society e apresentou seu artigo sobre as "estradas" de Glen Roy

Casamento e filhos

Em 29 de janeiro de 1839, Darwin casou com sua prima Emma Wedgwood em Maer. Depois de primeiro morar em Gower Street, Londres, o casal mudou para Down House em Downe em 17 de setembro de 1842. Os Darwin tiveram dez filhos, três dos quais morreram prematuramente. Muitos deles e de seus netos alcançaram notabilidade.

Muitos dos seus filhos sofreram de doenças ou fraquezas e o temor de Darwin de que isto se devesse ao fato de que ele e Emma eram primos foi expresso em seus textos sobre os efeitos do acasalamento entre indivíduos de linhagens mais próximas (inbreeding) ou mais distantes (crossing).

Evolução por selecção natural

Darwin era agora um eminente geólogo no meio científico formado por clérigos naturalistas, com uma renda segura e trabalhando secretamente em sua teoria. Ele tinha muito a fazer, escrevendo sobre todos os seus achados e supervisionando a preparação dos vários volumes da "Zoologia" que deveriam descrever as suas colecções. Ele estava convencido da ocorrência da evolução mas, desde muito tempo, sempre esteve consciente de que a idéia de transmutação de espécies era vista como uma blasfêmia, bem como era associada com agitadores democráticos radicais na Inglaterra; portanto, a publicação de suas ideias poderia significar a demolição de sua reputação e, consequentemente, a sua ruína. Assim, ele fazia experimentos minuciosos com plantas e consultava frequentemente muitos criadores de animais, incluindo criadores de pombos e porcos, na tentativa de encontrar repostas convincentes para todos os contra-argumentos que ele conseguia antever.

Quando FitzRoy publicou seu livro sobre a viagem do Beagle em maio de 1839, o diário e comentários de Darwin foram um grande sucesso. Mais tarde naquele ano, o diário foi publicado isoladamente em um livro que se tornou um sucesso de vendas hoje conhecido como "A Viagem do Beagle" (The Voyage of the Beagle). Em Dezembro de 1839, durante a primeira gravidez de Emma, a saúde de Darwin voltou a ficar comprometida e ele conseguiu avançar muito pouco em seus trabalhos no ano seguinte.

Darwin tentou explicar sua teoria para amigos mais próximos, mas eles demoraram a mostrar interesse e pensavam que uma selecção exige um seleccionador divino. Em 1842 a família se moveu para a sua casa no campo (Down House) para escapar da pressão de Londres. Ali, Darwin escreveu um pequeno texto esboçando a sua teoria que, em 1844, seria expandido para um documento de 240 páginas intitulado "Ensaio". Darwin completou seu terceiro livro sobre geologia em 1846. Auxiliado por um amigo, o jovem botânico Joseph Dalton Hooker, ele iniciou um estudo aprofundado sobre cracas. Em 1847, Hooker leu o "Ensaio" e fez comentários que forneceram a Darwin a opinião externa que ele precisava.

Darwin temia publicar a teoria de forma incompleta considerando o fato de que as suas ideias sobre evolução poderiam ser altamente controversas se, de fato, alguma atenção fosse dada a elas. Outras ideias sobre evolução - especialmente o trabalho de Jean-Baptiste Lamarck - tinham sido consistentemente rejeitadas pela comunidade científica britânica e foram associadas à noção de radicalismo político. A publicação anónima de "Vestígios da História Natural da Criação" (Vestiges of the Natural History of Creation) em 1844 gerou outra controvérsia sobre radicalismo e evolução e foi severamente atacada pelos amigos de Darwin, o que assegurava que nenhum cientista de reputação iria querer estar associado com tais ideias.

Para tentar tratar a sua doença, Darwin foi a um spa em Malvern em 1849 e, para a sua surpresa, verificou que os dois meses de tratamento com água o ajudaram. Em seu estudo sobre cracas ele descobriu "homologias" que suportavam a sua teoria por mostrar que partes de um corpo levemente modificadas poderiam servir a funções diferentes em novos contextos. Foi então que a sua querida filha Annie adoeceu despertando novamente os seus temores de que sua doença pudesse ser hereditária. Após um longo sofrimento, ela morreu e Darwin perdeu toda a sua fé em um Deus benevolente.

Nesta época, ele conheceu o jovem naturalista, e livre pensador, Thomas Huxley que se tornaria um amigo próximo e grande aliado. O trabalho de Darwin sobre cracas (Cirripedia) lhe valeu a medalha real da Royal Society em 1853, estabelecendo definitivamente a sua reputação como biólogo. Ele completou este estudo em 1854 e voltou a sua atenção para a sua teoria de transmutação de espécies.

Anúncio e publicação da teoria

Darwin encontrou uma resposta para o problema de como gêneros divergem ao fazer uma analogia com as idéias de divisão de trabalho na indústria. Variedades especializadas de um gênero, ao encontrarem nichos nos quais sua especialização é mais útil, forçariam a diversificação em espécies. Ele experimentou com sementes, testando a sua habilidade de sobreviver à água salgada, para determinar se uma espécie poderia se transferir para uma ilha isolada pelo mar. Ele também passou a criar pombos para testar a sua hipótese de que a seleção natural era comparável à "seleção artificial" usada por criadores de pombos.

Foi então que, na primavera de 1856, Lyell leu um artigo sobre a introdução de espécies escrito por Alfred Russel Wallace, um naturalista trabalhando no Bornéo. Ciente da similaridade entre este trabalho e o de Darwin, Lyell o pressionou para publicasse o quanto antes a sua teoria de forma a estabelecer precedência. Apesar de sua doença, Darwin iniciou o livro de três volumes intitulado "Seleção Natural" ("Natural Selection"), obtendo espécimes e informações de naturalistas como Asa Gray e o próprio Wallace. Em dezembro de 1857, quando trabalhava em seu livro, Darwin recebeu uma carta de Wallace perguntando se ele se aprofundaria na questão das origens do homem. Ciente dos temores de Lyell, Darwin respondeu: "Eu acho que irei evitar completamente este assunto, uma vez que ele é rodeado de preconceitos, embora eu admita que este é o maior e mais interessante problema para um naturalista". Ele então encorajou Wallace a teorizar sobre o tema, dizendo "não há observações boas e originais sem especulação". Quando o seu manuscrito já alcançava 250 mil palavras, em junho de 1858, Darwin recebeu de Wallace o artigo em que aquele descrevera o mecanismo evolutivo que concebera. Wallace também solicitara a Darwin que o enviasse a Lyell. Darwin assim o fez, embora estivesse chocado que ele tivesse sido "prevenido" do fato. Embora Wallace não tivesse solicitado a publicação, Darwin se ofereceu para enviar o artigo a qualquer revista que ele desejasse. Ele descreveu o que se passava para Lyell e Hooker. Estes concordaram em um apresentação conjunta na Lynnean Society, em 1 de julho, do artigo intitulado "Sobre a Tendência das Espécies de formarem Variedades; e sobre a Perpetuação das Variedades e Espécies por Meios Naturais de Seleção" (On the Tendency of Species to form Varieties; and on the Perpetuation of Varieties and Species by Natural Means of Selection). Infelizmente, o filho caçula de Darwin faleceu e ele não pode comparecer à apresentação.

O anúncio inicial da teoria atraiu pouca atenção. Ela foi mencionada brevemente em algumas resenhas, mas para a maioria dos revisores era apenas mais uma entre muitas variações de pensamento evolutivo. Nos treze meses seguintes Darwin sofreu com sua saúde precária e fez um enorme esforço para escrever um resumo de seu "grande livro sobre espécies". Recebendo constante encorajamento de seus amigos cientistas, ele finalmente terminou o texto e Lyell cuidou para que o mesmo fosse publicado por John Murray. O livro recebeu o título "Sobre a origem das espécies por meio de seleção natural" (On the Origin of Species by Means of Natural Selection) e, quando foi colocado à venda em 22 de novembro de 1859, esgotou o estoque de 1250 cópias rapidamente. Naquela época, o termo "evolucionismo" implicava em criação sem intervenção divina e, por isso, Darwin evitou usar as palavras "evolução" ou "evoluir", embora o livro terminasse anunciando que "um número incontável das mais belas e maravilhosas formas evoluíram e estão evoluindo". O livro só mencionava brevemente a idéia de que seres humanos também deveriam evoluir tal qual outros organismos. Darwin escreveu de forma propositadamente atenuada que "luz será lançada no tocante à origem do homem e sua história".

A Reação

O livro de Darwin iniciou uma controvérsia pública que ele acompanhou atentamente, obtendo cortes de jornais de milhares de resenhas, críticas, artigos, sátiras, paródias e caricaturas. Críticos foram rápidos em apontar as implicações não discutidas no livro de que "homens fossem descendentes de macacos" ("men from monkeys"). Entretanto, houve resenhas favoráveis, entre elas, uma publicada no The Times escrita por Huxley que incluía críticas a Richard Owen, um expoente do meio científico que Huxley estava tentando "destronar". Owen pareceu inicialmente neutro mas então escreveu um artigo condenando o livro.

O corpo científico da Igreja da Inglaterra, incluindo os antigos tutores de Darwin em Cambridge, Sedgwick e Henslow, reagiu contra o livro, embora ele tenha sido bem recebido por uma nova geração de jovens naturalistas. Foi quando sete ensaios e resenhas feitas por sete teólogos anglicanos liberais declararam que milagres eram irracionais e atraíram a atenção para si desviando-a de Darwin.

O confronto mais famoso ocorreu em um encontro da Associação Britânica para o Avanço da Ciência em Oxford. O professor John William Draper fez uma longa apresentação sobre Darwin e progresso social e, então, Samuel Wilberforce, o bispo de Oxford, atacou as idéias de Darwin. Em um acalorado debate, Joseph Hooker defendeu Darwin com tenacidade e Thomas Huxley se estabeleceu como o "bulldog de Darwin" – o mais veemente defensor da teoria evolutiva no palco Vitoriano. Conta-se que tendo sido questionado por Wilberforce se ele descendia de macacos por parte de pai ou de mãe, Huxley murmurou: "O Senhor o deixou em minhas mãos" e respondeu que "preferia ser descendente de um macaco que de um homem educado que usava sua cultura e eloqüência a serviço do preconceito e da mentira".Logo se espalhou pelo país a história de que Huxley teria dito que preferia ser um macaco a um bispo.

Visão religiosa

Embora vários membros da família de Darwin fossem pensadores livres, abertamente lhes faltando crenças religiosas convencionais, ele inicialmente não duvidava da verdade literal da Bíblia. Ele freqüentava uma escola da igreja da Inglaterra e, mais tarde, em Cambridge, estudou teologia Anglicana. Nesta época, ele estava plenamente convencido do argumento de William Paley de que o projeto perfeito da natureza era uma prova inequívoca da existência de Deus. Contudo, as suas crenças começaram a mudar durante a sua viagem no Beagle. Para ele, a visão de uma vespa paralisando uma larva de borboleta para que esta servisse de alimento vivo para seus ovos parecia contradizer a visão de Paley de projeto benevolente ou harmonioso da natureza. Enquanto abordo do Beagle, Darwin era bastante ortodoxo e poderia citar a Bíblia como uma autoridade moral. Apesar disso, ele via as histórias no velho testamento como falsas e improváveis.

Ao retornar, ele investigou a questão de transmutação de espécies. Ele sabia que seus amigos naturalistas e clérigos pensavam em transmutação como uma heresia que enfraquecia as justificativas morais para a ordem social e sabiam que tais idéias revolucionárias eram especialmente perigosas em uma época em que a posição estabelecida da igreja da Inglaterra estava sob constante ataque de dissidentes radicais e ateus. Enquanto desenvolvia secretamente a sua teoria de Seleção Natural, Darwin chegou mesmo a escrever sobre a religião como uma estratégia tribal de sobrevivência, embora ele ainda acreditasse que Deus era o legislador supremo. Sua crença continuou diminuindo com o passar do tempo e, com a morte de sua filha Annie em 1851, Darwin finalmente perdeu toda a sua fé no cristianismo. Ele continuou a ajudar a igreja local e colaborar com o trabalho comunitário associado à igreja mas, aos domingos, ia caminhar enquanto sua família ia para o culto. Em seus últimos anos de vida, quando perguntado sobre a visão que tinha a respeito da religião, ele escreveu que nunca tinha sido um ateu no sentido de negar a existência de Deus e, portanto, se descreveria mais corretamente como um agnóstico.

Charles Darwin contou em sua biografia que eram falsas as afirmações de que seu avô Erasmus Darwin teria clamado por Jesus em seu leito de morte. Darwin concluiu dizendo que "Era tal o estado de sentimento cristão neste país [em 1802].... Nós podemos apenas esperar que nada deste tipo prevaleça hoje". Apesar desta crença, histórias muito parecidas circularam logo após a morte de Darwin, em particular, uma que afirmava que ele havia se convertido logo antes de morrer. Estas histórias foram disseminadas por alguns grupos cristãos até ao ponto de se tornarem lendas urbanas, embora as afirmações tenham sido refutadas pelos filhos de Darwin e sejam consideradas falsas por historiadores.

Últimos anos de vida

Apesar dos sucessivos problemas de saúde que acometeram Darwin nos seus últimos vinte e dois anos de vida, ele continuou trabalhando avidamente. Ele passou a se dedicar aos aspectos mais controversos do seu "grande livro" que ainda estavam por ser completados: a evolução da espécie humana a partir de animais mais primitivos, o mecanismo de seleção sexual que poderia explicar características de não tão óbvia utilidade além de mera beleza decorativa, bem como sugestões para as possíveis causas subjacentes ao desenvolvimento da sociedade e das habilidades mentais humanas. Seus experimentos, pesquisa e escrita continuaram.

Quando a filha de Darwin adoeceu, ele deixou de lado o seu trabalho e experimentos com sementes e animais para acompanhá-la em seu tratamento no campo. Ali, ele iniciaria o seu interesse por orquídeas selvagens que se desenvolveria em um estudo inovador sobre como as flores serviam para controlar a polinização feita pelos insetos e garantir a fertilização cruzada. Como já observara com as cracas, partes homólogas serviam a diferentes funções em diferentes espécies. De volta ao lar, ele adoeceu novamente em um quarto repleto de experimentos e plantas trepadeiras. Ainda assim, continuou o seu trabalho no livro "Variação" (Variation), que cresceu até ocupar dois volumes, o que o forçou a deixar de lado "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo". Uma vez impresso, o livro foi muito procurado.

A questão da evolução humana tinha sido amplamente discutida pelos seus simpatizantes (e críticos) logo depois da publicação da "Origem das Espécies" mas a contribuição do próprio Darwin para o tema só veio uma década mais tarde com os dois volumes de "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo" em 1871. No segundo volume, Darwin introduziu por completo o seu conceito de seleção sexual e explicou a evolução da cultura humana, as diferenças entre os sexos, a diferenciação entre raças bem como a bela plumagem dos pássaros. Um ano mais tarde, Darwin publicou seu último grande trabalho, "The Expression of the Emotions in Man and Animals", que era focado na evolução da psicologia humana e sua continuidade com o comportamento animal. Ele desenvolveu a sua idéia de que a mente humana e culturas foram desenvolvidas por meio de seleção natural e sexual, uma abordagem que foi revivida com a emergência da psicologia evolutiva. Como ele concluiu em a "Descendência do Homem", Darwin achava que apesar de todas as "qualidades nobres" e "capacidades sublimes" da humanidade:


"O homem ainda traz em sua estrutura fisica a marca indelével de sua origem primitiva."


Darwin

3 comentários:

Karlita - Sou mais BIO disse...

Thais, ficou muito bom seu trabalho e contou a história dele muito bem. Boa sorte!!
Seus dois pontos já estão garantidos!!
beijosss

Marido de Aluguel disse...

fala ai thasinha ficou show seu trabalho mto maneiro mesmo só não ficou melhor que o meu claro.....hehehehehheheheh bjos

Celso Sánchez disse...

Parabéns!!!!
Adorei sua pesquisa!
Um Abraço
Celso